domingo, 16 de janeiro de 2011

"Viejo" Expresso Patagônico

"Diário de Bordo": "Casal Aventura" embarca no velho expresso patagônico

Colaboração para a Folha Online
O casal Flávio Prado e Maira Hora decidiu pegar um carro e sair em férias. Até aqui, nada demais. O diferente é que os dois vão conhecer as paisagens mais deslumbrantes do Cone Sul e contar tudo, diariamente, para a Folha Online, dando detalhes úteis e curiosos do percurso. A viagem de 16 mil quilômetros começa em São Paulo e prevê passagens por cidades do sul, Argentina e Chile.
Confira o relato do trigésimo quarto dia (3 de abril) da aventura:
O Velho Expresso Patagônico - La Trochita
Flavio Prado/Folha Imagem
La Trochita, o velho expresso patagônico, um trem a vapor do ano de 1922
La Trochita, o velho expresso patagônico, um trem a vapor do ano de 1922
Hoje acordamos cedo, tomamos o café da manhã, observamos um pouco o lindo jardim da Hosteria Lago Verde com suas cheirosas rosas e fomos à estação ferroviária, que se encontra na rua de trás da hospedagem. Ainda tem mais esta em favor de Isabel e Hugo. Além de o jardim parecer habitado por fadas, você ouve o apito do trem, é demais de encantador, não é mesmo?
Turistas de diversas partes do mundo e da Argentina esperam ansiosos por serem chamados pelo apito do Velho Expresso Patagônico (clique abaixo para ouvir), as crianças não se cansam de olhar para os trilhos, os dedos nas máquinas fotográficas clicam nervosos, as mulheres fazem pose em frente aos vagões e um sanfoneiro tocando nos levando ao clima das primeiras viagens do La Trochita, o trem da Patagônia.
La Trochita é um sobrevivente dos tempos em que o trem a vapor era o único meio de transporte. Em 1999 ele foi declarado Monumento Histórico Nacional. O trem é encantador, os vagões de madeira, com aquecedores em cada vagão, janelas originais de madeira e vidro e no último vagão uma cafeteria e confeitaria para o deleite de todos. O trem é de origem Belga e os vagões de 1922. Funciona a vapor, sua velocidade máxima é de 60Km/h, mas devido às curvas vamos a 45Km/h.
O trajeto completo liga a cidade de Esquel à El Maitén, no entanto faremos o trajeto tradicional e mais curto até Nahuel Pan, nesta estação temos a Casa das Artesãs e o Museu das Culturas Patagônicas Tehulches e Mapuches, afinal a estação está em assentamento Mapuche.
Família Bianchini e Família Acosta
Ao entrar no trem comecei a observar o comportamento de todos e uma criança de olhar muito expressivo me chamou atenção. Seu nome era Ramiro e estava viajando com a família. Percebi que além de ser um passeio legal para os adultos as crianças curtem muito, é mágico para elas.
É claro que não resisti e comecei a conversar com eles. São duas famílias viajando juntas, a família Bianchini, de Comodoro Rivadávia e a família Acosta, de Rawson. Os pais são companheiros de trabalho em Trelew. Vieram de carro para Esquel, proporcionando às crianças uma viagem inesquecível.
Flavio Prado/Folha Imagem
Em Esquel, um passeio no trem velho expresso patagônico, o La Trochita
Em Esquel, um passeio no trem velho expresso patagônico, o La Trochita
Laura Acosta, 16 anos observa os menores e os ajuda em qualquer dificuldade. É uma adolescente linda e prestativa e observa todos os movimentos dos irmãos menores Ramiro Acosta, 9 anos, Pablo Acosta, 11 anos e a fila dos Bianchini, Martina Bianchini, 12 anos, também tratada como irmã por Laura. As crianças deliram, pois é a primeira vez que fazem um passeio deste tipo.
Chegando à estação Nahuel Pan fazemos uma parada de mais ou menos 40 minutos, tempo para umas empanadinhas, visitar o museu e a casa das artesãs e claro, tirar umas fotos ao lado do trem.
Todos preparados para uma simples volta a Esquel, mas o Viejo Expresso Patagônico nos prepara mais uma surpresa. Em nosso vagão entram Marisa Perez Serrano e Eduardo Paillacán, dois músicos cantando músicas mapuches, foi emocionante.
Assim seguimos até Esquel. De volta a Hosteria Lago Verde pegamos o nosso carro e nos despedimos de nossos cordiais anfitriões e pé na estrada.
Bariloche e suas lindas paisagens
Vamos seguindo rumo a San Carlos de Bariloche, mais conhecida por Bariloche, ao som de "I Got You (I Fell Good)" de Bobby McFerrin. A estrada é excelente e absolutamente linda. Chegamos pela RN40 beirando o Lago Guitiérrez, vocês não podem imaginar que vista espetacular do lago, realmente maravilhosa.
Flavio Prado/Folha Imagem
Chegando à regição de Bariloche, a vista do lago Guitiérrez é simplesmente maravilhosa
Chegando à regição de Bariloche, a vista do lago Guitiérrez é simplesmente maravilhosa
Chegando a Bariloche fomos direto ao Escritório de Turismo nos munir de mapas e dicas para rastrearmos esta encantadora cidade. A cidade é tão visitada que tem até fila para ser atendido no Informes Turísticos. Fomos atendidos por Carola, que com toda a simpatia, nos explicou o mapa e como circular na cidade e pontos de interesse.
Partimos daí à caça de um hotel, logo encontramos um em frente à Catedral na avenida O'Connor e de frente para o lago Nahuel Huapi. Além da vista maravilhosa para o lago estamos ao lado do centro comercial.
Saímos para jantar no impressionante e lotado restaurante Família Weiss. Linda decoração, vinho ótimo, ambiente agradável e pratos de primeira. Depois de um jantar maravilhoso, caminhamos um pouco pelo centro e fomos para o hotel, pois amanhã faremos alguns passeios por Bariloche e seguiremos direto para Osorno no Chile, portanto, mais Polícia Federal para passar de um país para o outro.
Maira e Flávio têm o apoio da Lenovo, da TIM Roaming Internacional e da Virtual Track.

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